segunda-feira, 11 de março de 2024

Dia da Mulher - Leituras de porta em porta

 

A Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos da Escola Básica e Secundária de Gama Barros assinalou, uma vez mais, o Dia Internacional da Mulher com a atividade “Leituras de Porta em Porta”, uma iniciativa na qual participaram algumas das alunas monitoras da BE/CRE. Este ano, sobretudo tendo em conta que se assinalam os 50 anos do 25 de abril, a opção recaiu sobre uma entrevista dada por Maria Teresa Horta ao jornal “Público”. Maria Teresa Horta ficou conhecida como uma das mais ativas feministas portuguesas e integrou com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa o grupo que ficou conhecido como “As Três Marias”.

Maria Teresa Horta é a única sobrevivente deste grupo e assumiu, no passado dia 5 de março, a edição do jornal “Público” quase totalmente dedicada às mulheres.






Aqui fica um excerto dessa interessante entrevista com Maria Teresa Horta.

“Em março de 1974, Maria Teresa Horta era uma figura pública fortemente associada ao combate ao Estado Novo e à luta pelos direitos das mulheres. Jornalista, escritora, poetisa, ex-membro do grupo Poesia 61, tinha 36 anos, sete livros de poesia publicados (…) e era uma das três autoras de um livro revolucionário, Novas Cartas Portuguesas, com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, onde alertavam para a condição da mulher em Portugal. Publicado em 1972, causou escândalo nacional e pouco depois seria traduzido para francês e inglês. Iniciou-se um processo judicial e havia julgamento marcado para 25 de abril desse ano de 1974, justamente no dia em que o antigo regime caiu.(…) Aos 86 anos, muitos livros depois, entre poesia, contos e romance, vários prémios, continua a escrever diariamente no primeiro papel que encontra por perto e atenta ao que sempre a moveu, a luta, como refere nesta conversa em sua casa, rodeada por livros e memórias (…).

 

Quando pensa na palavra “mulher”, pensa em quê?

Mulher sou eu. É daquelas palavras que fazem parte de mim. Se no meu pensamento não está isso de ser mulher, por mais inconscientemente que seja, então estou a fazer muito mau uso de mim própria. Uma pessoa, quando é mulher, tem de entender o que isso quer dizer. Depois, é conforme a mulher. Todos os homens são diferentes uns dos outros e as mulheres também são, e durante muito tempo isso não aconteceu. Os homens eram diferentes uns dos outros, mas as mulheres eram todas iguaizinhas.

Foi educada numa família tradicional, mas com alguma liberdade.

Acho que não. O meu pai tentou que eu cumprisse as regras que eram impostas às mulheres. Fiz exatamente o contrário. Lembro-me muito bem de haver uma pessoa da minha família que ligou ao meu pai a dizer:

“Olha, ontem vi a Teresa a atravessar uma rua e pôr a mão em cima do braço de um homem.” Era um amigo que ia ao meu lado e fiz aquela coisa instintiva, atravessar a rua e pôr a mão no braço da pessoa ao lado. Isto diz bem a posição da mulher. A certa altura, o pai é informado de que a filha, que tem 21 anos, atravessa a rua e põe a mão no braço do amigo.

A mulher era alguém sempre sob vigilância.

Isso estive, toda a minha vida, pela minha família.

Começa a publicar em 1960, a falar do corpo da mulher, uma coisa quase interdita.

Era completamente interdito, o corpo.

De onde veio a vontade de falar do corpo?

Comecei a ver que nos livros que eu lia os homens falavam do corpo. Ou seja, os homens tinham corpo, as mulheres praticamente não tinham.

Falamos dos anos 1930/40.

Naquela altura já havia mulheres que lutavam pelos seus próprios direitos e os de outras mulheres. Eram criticadas, vinham para a rua e tinham consciência de que o que estavam a fazer era muito perigoso. Eu ainda conheci isso. Ser feminista era uma coisa aviltante, tanto que diziam “você é feminista”, querendo insultar.

Consegue identificar a génese da sua escrita?

Eu lia muito, desde muito pequena. Aprendi a ler sozinha e com a minha avó. A minha avó era uma feminista.

Havia a influência da sua avó…

Sim. As mulheres da minha vida eram muito mais ousadas do que os homens. Eu não sei como seria se não fosse a minha avó. Sentávamo-nos as duas e o meu pai tomava o pequeno-almoço e lia o jornal. O jornal só vinha para o meu pai, o Diário de Notícias, e nós não podíamos ter nem uma coisinha para ler. Mas ele era homem, era pai, aquele ser [faz um gesto de reverência] podia. Ele lia e quando chegava às sufragistas… “e agora mais uma em Inglaterra, foram para a rua”. E ele: “Estas mulheres são doidas.” [Um dia] a minha avó [disse]: “Olha Jorge, eu não te admito que à minha frente tu digas isso destas mulheres.” Depois, levanta-se da mesa, dá a volta para ir direita à porta e a Teresa levanta-se, dá-lhe a mão e saem as duas. E ali dá-se a mudança na minha vida. Era inverno e havia uma braseira. E a minha avó sentou-se com um ar digno e disse:

“Olha filha, deste o primeiro passo que as mulheres devem dar, o da solidariedade para com as mulheres.” Nunca mais me esqueci. A falta de solidariedade das mulheres é uma coisa terrível. É das coisas que mais me impressionam, que mais me magoam. (…)

Como olha agora para outra cumplicidade, a que nasceu entre As Três Marias, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa?

A Isabel já conhecia a Fátima [refere-se sempre a Maria Velho da Costa como Fátima, Maria de Fátima Bívar Velho da Costa], porque tinham estado na faculdade ao mesmo tempo. Já eu era jornalista. E, quando elas publicam juntas o primeiro livro, telefonei-lhes. Eu fazia o suplemento literário d’ A Capital, queria uma entrevista com elas. Daí passámos a almoçar juntas uma vez por semana. Iam ter comigo à Capital. Começámos a falar, e se fizéssemos um livro juntas? Mas o quê?

Uma vez deram-me uma tareia na rua, não morri por acaso. Era à noite, eu ia ter com o Luís [Luís de Barros, o marido], que saía d’ A Capital. Quando começo a subir do bairro social do Arco Cego, onde vivíamos (…) vejo um carro que abre a luz a tenta apanhar-me. Não consegue porque por detrás estava um candeeiro. Qual não é o meu espanto quando vejo o carro parar e virem dois homens direitos a mim. Atiraram-me ao chão, bateram com a minha cabeça no chão, disseram:

“Isto é para aprenderes a não fazer aquilo que fazes.” (…)

Esse momento acabou por ser determinante para o livro.

Determinante para tudo na minha vida. É daí que nasce o livro [Novas Cartas Portuguesas, que seria publicado em 1972]. Passados dois dias, estava ainda num estado comatoso e elas viram-me. Expliquei o que fizeram. A Fátima diz: “E se fizéssemos as três um livro sobre isso?” Passado uma semana, a Isabel, com aquele ar de “não me ralo com nada”, abriu a mala e tirou o primeiro texto. Foi o único texto que sempre dissemos de quem era. É muito bonito. Convenceram-me. Era um entusiasmo, divertidíssimo. Todas as semanas nos encontrávamos uma vez, à noite ou ao fim da tarde, e levávamos os nossos textos com cópia e distribuíamos pelas três e começávamos a discutir o que tínhamos feito e trazíamos já os nossos textos sobre os textos umas das outras da semana anterior. Não escrevíamos ao pé umas das outras. Não era combinado o tema; era o que quiséssemos.

O livro saiu, seguiram-se tempos conturbados, julgamentos, um julgamento adiado que calhou no dia 25 de abril de 1974 e nunca ocorreu.

Da primeira vez em que nos prenderam, puseram-nos numa sala. Estávamos com os nossos advogados e estavam umas mulheres sentadas à nossa frente. Passado um pedacinho, uma levanta-se, chega ao pé de mim e diz: “A menina está aqui porquê?” Eu disse: “Estou aqui, como estão estas meninas aqui ao meu lado. Nós publicámos um livro.” Ela respondeu: “Eles enganaram-se, esta é a sala das prostitutas.” Para nos humilharem, tinham-nos metido na sala das prostitutas. Como se isso fosse uma coisa que nos ofendesse imenso. Éramos todas mulheres. (…)

Quis ser jornalista numa altura em que havia muito poucas mulheres na profissão.

Sempre quis ser jornalista. Achava lindo. O meu pai lia imenso, comprava tudo o que era jornal. Era aquilo que eu queria. A luta. Eu era pequenina e não tinha bem a consciência de que isso faz a nossa personalidade, pertencia àquilo que eu queria que fosse a luta. E eu dizia o que queria. Tenho muita, muita dificuldade nessa coisa do cuidado. Não sou capaz de ter cuidado. (…)

Chegou a ser chefe na revista Mulheres.

Sim.

Era chefe de outras mulheres.

Sim, não havia homens. Todas pagas pelo PCP, a revista era do PCP. Era o PCP que mandava e que, de vez em quando, me chamava e dizia: “Isto não pode ser assim.” Até que houve um dia que chegou lá o camarada não sei quantos, que era o que mandava, que me disse que eu estava proibida de fazer uma série de coisas.

Proibida de quê?

Da atenção que dava às mulheres, sobretudo, desmascarar o que se fazia às mulheres. Comecei a pôr muitas coisas dessas na revista. Ia muito à Natália, à Sophia e aquilo começou a ser um bocado desagradável. Um dia chegou um homem, disse que eu não ia continuar como chefe de redação por ser muito insubordinada. Levantei-me, pus o meu casaco, e fui-me embora. Fui ao sindicato. No dia seguinte, cheguei lá e tinha ordem de despejo.

Foi despedida.

Fui. A revista também acho que só fez mais um número. (…)

Está quase a sair uma biografia sua, revê-se no título, Desobediente [escrita por Patrícia Reis]?

Completamente. Agora vejo que sempre fui desobediente, talvez seja o que me marca mais.”

 

Lucas, I. (2024). Um país fascista é uma coisa muito perigosa. Público, 2, 3, 4, 6.

 

 


domingo, 25 de fevereiro de 2024

“Conversas sobre a Revolução... 50 anos depois.” com o professor Manuel Sanches


Foi na passada terça-feira, dia 20 de fevereiro, que se realizou, na Biblioteca Escolar, mais uma “Conversa” sobre a Revolução do 25 de abril de 1974.

Desta vez, o nosso convidado foi o professor Manuel Sanches, ilustre docente de História da nossa casa há vários anos. Como excelente professor de História que é, o professor Manuel Sanches começou por esclarecer que para perceber a revolução de abril era preciso enquadrá-la no tempo e dar a conhecer ao público presente o contexto socio cultural e político do Portugal dos anos em que vivemos em Ditadura.

Natural do Sabugal, o professor Manuel Sanches começou, precisamente, por referir as falhas da escola pública durante o Antigo Regime, altura em que muitos jovens, sobretudo de localidades afastadas dos centros urbanos, se viam privados de frequentar o ensino público, tendo que optar, caso os pais tivessem condições financeiras para tal, pelo ensino privado.

Ao longo de quatro horas o professor Manuel Sanches conduziu uma viagem no tempo, primeiro para @s alun@s do 10.º LH1, e depois para @s do 11.º LH1 e do 3.º PTT, dando a conhecer a estes jovens, que não viveram o 25 de abril de 74, um Portugal da censura, do analfabetismo, da privação de direitos básicos para as mulheres, da música de intervenção, da emigração a salto, da PIDE, da terrível Guerra Colonial…

Mostrou também, quase passo a passo, “o dia inicial inteiro e limpo…” em que o povo saiu às ruas e testemunhou o avanço da revolução. Uma revolução diferente de todas as outras, em que as crianças, as mulheres, e os homens estiveram lado a aldo com os soldados, e em que os canos das espingardas ostentaram cravos vermelhos.

Foi uma conversa alimentada por muitos documentos históricos, de reconhecido interesse, e de uma verdadeira reportagem fotográfica que não deixou de fora o 25 de abril no Sabugal.

Muito obrigada professor Manuel Sanches por ter partilhado a sua visão e o seu conhecimento sobre o Antigo Regime e sobre o 25 de abril com os alunos e com os docentes presentes.

Vale a pena lembrar que esta conversa só foi possível porque a 25 de abril de 1974 houve uma revolução em Portugal que nos abriu as portas para a Liberdade de Expressão.











 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

"A Mulher que Escondeu Anne Frank" foi o livro em destaque no “Leituras de Porta em Porta” que assinalou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

 

Miep Gies e o seu marido apoiaram a família Frank, um médico dentista amigo dos Frank, e a família Van Daan durante mais de dois anos, garantindo todo o apoio a estas oito pessoas que se esconderam num Anexo Secreto, nas traseiras do prédio onde funcionava a empresa de Otto Frank.

Ao longo de 25 meses, Miep e o seu marido, com risco da própria vida, levaram alimentos, livros, roupa, e, sobretudo, palavras de conforto a estas oito pessoas que passavam os dias, sobretudo durante o horário de expediente dos empregados da empresa, em silêncio, temendo serem descobertos e, consequentemente, encaminhados para os Campos de Concentração.

O livro é um relato não só dos primeiros anos de vida de Miep, durante a 1.ª Guerra Mundial, mas também da convivência e das dificuldades vividas durante o período em que ajudaram estes 8 judeus, dos quais só um sobreviveu – Otto Frank. Foi a ele que Miep entregou o famoso “Diário”, atirado para o chão pelos guardas Nazis que irromperam pelo Anexo no dia 4 de agosto de 1944. Foi Miep quem recolheu o “Diário” e restantes escritos de Anne Frank, na esperança de que, um dia, o pudesse entregar à sua legítima dona quando a guerra terminasse. Infelizmente, Anne não sobreviveu aos Campos de Concentração e faleceu, quase no final da Guerra, no Campo de Bergen Belsen.

O excerto que escolhemos retrata, sobretudo, momentos vividos por Miep no Anexo Secreto, nomeadamente numa altura em que, acedendo aos pedidos insistentes de Anne Frank, decide passar uma noite com eles. Só aí ela experiencia o sentimento de pavor verdadeiro, o pavor sentido por todas aquelas pessoas que, a toda a hora do dia e da noite, temiam ser descobertas.

Uma vez mais, contamos com a colaboração de alunas monitoras para a dinamização desta atividade. Docentes, assistentes administrativos e assistentes operacionais receberam esta leitura e ouviram os esclarecimentos das monitoras da BE/CRE. Muito obrigada a todas!






Conversas sobre a Revolução – 50 Anos Depois…

 

Foi na passada quinta-feira, dia 25 de janeiro, precisamente três meses antes de se assinalar meio século da revolução de abril, que se realizaram as primeiras “Conversas sobre a Revolução – 50 Anos Depois”, uma iniciativa da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos da EBS Gama Barros e que contará com a participação de algumas personalidades do nosso meio artístico, assim como de vários docentes da nossa escola que acederam ao convite da professora bibliotecária para “conversarem” com os alunos sobre a Revolução de 74.

Os nossos primeiros convidados foram o ator Joaquim Nicolau e a atriz Rita Blanco. Ambos foram recebidos com muito entusiasmo e muita expetativa pois todos os presentes queriam saber como viveram o 25 de abril e qual a mensagem que nos deixariam a propósito desta efeméride.

Curiosamente, o ator Joaquim Nicolau começou por nos contar uma história – os alunos viriam a perceber que se tratava da história dos seus antepassados, de como chegaram a Portugal e de como os valores da tolerância e da liberdade têm sido um denominador comum ao longo das várias gerações da família deste ator Português. O Joaquim revelou ser um grande contador de histórias, capaz de captar a atenção e o interesse do público presente no Auditório. Foi este mesmo público que foi sensibilizado para a importância da leitura enquanto forma de aceder ao conhecimento e de como o saber é tão importante na preservação dos princípios da liberdade, da independência e da tolerância, e de como podemos ser facilmente manipulados quando não estamos atentos e devidamente informados.

A atriz Rita Blanco conseguiu, também, cativar as dezenas de jovens presentes, tendo a sua intervenção sido dominada por um apelo aos mais jovens no sentido de lutarem, sempre, pela liberdade e nunca a assumirem como um dado garantido. Falou-se, também, sobre a tolerância como um valor de abril e que esta deve ser transversal a toda a sociedade, independentemente das diferentes opções políticas, religiosas, ou outras. Claro que falar de abril obriga a que se fale sobre as conquistas de muitos direitos para as mulheres. Os nossos convidados sublinharam esse facto lembrando, por exemplo, que se não tivesse acontecido a revolução de abril, seria impossível termos um auditório repleto de alunos e de alunas – o mais provável seria estarem divididos e a frequentarem salas de aula diferentes.

Foram partilhas muito ricas que tornaram o dia 25 de janeiro num dia especial para todos os que tiveram o privilégio de participar neste evento.








domingo, 14 de janeiro de 2024

Anne Frank – volta a estar no centro das atenções na BE da EBS Gama Barros

 

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, o mês de janeiro, altura em que se assinala o Dia em Memória das Vítimas do Holocausto (27 de janeiro), é, também, o mês em que os docentes de Português iniciam a leitura de “O Diário de Anne Frank”. A Biblioteca Escolar não deixa passar em branco este acontecimento e dinamiza, para todas as turmas de 8.º ano, a atividade “Visita Virtual ao Mundo de Anne Frank”. Trata-se de uma iniciativa que pretende sublinhar a importância do “Diário de Anne Frank” enquanto documento considerado pela UNESCO como “Memória do Mundo”, e enquanto testemunho de uma jovem adolescente que dá a conhecer o seu sentir, e o seu olhar em relação à Segunda Guerra Mundial. Embora não se trate de um documento que relate, como muitos outros, os horrores cometidos nos Campos de Concentração, o Diário transmite-nos a visão mórbida e deprimente da guerra aos olhos de uma adolescente que sempre desejou que tudo melhorasse.

Para os alunos da EBS Gama Barros que participam nesta atividade, é possível terem uma noção muito clara de como o antissemitismo minou a sociedade da época e inviabilizou que muitos jovens, como eles, tivessem uma vida normal, de liberdade, de alegria e de vivência plena dos seus dias, apenas porque tinham uma outra religião.

A visita virtual ao Anexo Secreto é o culminar de uma aula de 100 minutos ao longo dos quais se dá a conhecer o background político e económico do final dos anos 30 na Alemanha, e se conhece a família Frank e os fatores que os forçaram a esconder-se, durante dois anos, num Anexo. Anne afirma a dado momento do “Diário” “Ando de quarto em quarto, subo e desço as escadas e sinto-me um pássaro com as asas cortadas, que se atira contra as grades da gaiola” – 29 de outubro de 1943.

Partilho, em jeito de sugestão, o trailer dos vídeos do Diário, disponíveis no site oficial do Museu Anne Frank de Amesterdão e no Youtube.

“Ár e Água” – leva, novamente, as 7 turmas do 5.º ano à Biblioteca Escolar

 

Sabias que…

- A água corresponde a mais de 2/3 do peso do nosso corpo?

- Os camelos vivem nos desertos, mas conseguem beber de uma só vez até 90 litros de água?

- As primeiras formas de vida surgiram nos oceanos?

- Que o Oceano mais vasto da Terra é o Oceano Pacífico?

- Que as nuvens se formam a partir da água que existe na Terra?

- Que os barcos flutuam graças ao ar que contêm?

- Que o continente da Antártida está coberto por montanhas de gelo?

 

Estas são apenas algumas das informações obtidas pelos alunos do 5.º ano durante as sessões dinamizadas na Biblioteca Escolar, no âmbito de uma parceria com os docentes de Ciências Naturais. Uma vez mais, dinamizamos atividades que permitem, por um lado, que os alunos consolidem e aprofundem os conhecimentos adquiridos nas aulas, e por outro, que os docentes de Ciências Naturais trabalhem com @s alun@s na modalidade de turnos, e assim possam realizar experiências científicas no Exploratório.

Na Biblioteca Escolar são realizadas quatro atividades em torno do tema “Ar e água”, no âmbito dos conteúdos programáticos a abordar no 5.º ano de escolaridade. Na estação A, @s alun@s pesquisam informação no livro “Kididoc – A água” com vista à realização de um exercício lacunar. Esta atividade obriga a uma leitura atenta de excertos do livro e desenvolve a capacidade de utilizar a informação pesquisada em contexto. Na estação B, o desafio passa pelo preenchimento de um crucigrama depois de procurarem a informação no livro “Ciência Divertida – AR” – por vezes, é preciso dar uma pequena ajuda… Na estação C, é altura de @s alun@s experienciarem um momento mais lúdico tendo em conta o recurso ao jogo “Quis das Ciências e Invenções” – são dez as perguntas a que @s alun@s têm de responder. É preciso selecionar a resposta correta de entre as três hipóteses dadas – o problema é que nem sempre os diferentes elementos do grupo estão de acordo. É necessário recorrer ao poder de argumentação e ser capaz de defender a opinião de cada um. Finalmente, na estação D, o desafio passa pela visualização do vídeo “O ciclo urbano da água” do grupo AdP – Águas de Portugal, que partilhamos aqui.


Os alunos têm aderido com muito empenho e entusiasmo e têm considerado, na avaliação da atividade, que esta tem contribuído para aumentar e consolidar os seus conhecimentos sobre estas matérias.  











quinta-feira, 23 de novembro de 2023

"Solo e Rochas..."

 

A professora de Ciências Naturais e de Biologia e Geologia, Teresa Lopes, a acompanhar os alunos durante a realização de uma das tarefas

Sabias que…

- O mineral mais duro que existe é o diamante?

- O chumbo era usado pelos antigos egípcios como maquilhagem para escurecer as pálpebras e pelos romanos para fazer canos de água?

- As estruturas que se formam no chão das grutas se chamam estalagmites e as que se formam no teto se chamam estalagtites?

- As rochas extrusivas são conhecidas como rochas vulcânicas e são assim designadas tendo em conta o nome do deus romano do fogo Vulcão? e que as intrusivas também podem ser chamadas rochas plutónicas tendo em conta o Deus romano do submundo, Plutão?

 Estas e muitas outras curiosidades foram pesquisadas pelos alunos do 5.º ano durante a realização, na biblioteca escolar, da atividade “Solos e rochas”. Trata-se de uma atividade dinamizada em articulação com o currículo de Ciências Naturais, no âmbito de uma parceria entre a biblioteca escolar e os docentes desta disciplina. Esta atividade contempla a realização de quatro tarefas diferentes que passam pela leitura/pesquisa em livros e pelo visionamento de vídeos. A dinâmica adotada é já a habitual e possibilita a realização de atividades experimentais uma vez que as turmas são divididas em turnos – um turno está na biblioteca, e o outro está a fazer atividades experimentais no Clube de Ciência.

As quatro atividades dinamizadas na biblioteca permitem:

- aprender várias curiosidades sobre as rochas e os minerais;

- descobrir várias aplicações das rochas e dos minerais;

- pesquisar nos livros informação sobre os diferentes grupos de rochas;

-  e, ainda, identificar e refletir sobre as diferentes funções do solo.

Trata-se de uma iniciativa que pretende, não só consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos pelos alunos nas aulas de Ciências Naturais, mas, também, promover a literacia da leitura.

A atividade foi um sucesso e os alunos mostraram muito empenho e entusiasmo durante a sua realização.